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A cultura africana

 Ao tentar falar da cultura e dos rituais africanos, começamos a falar do seu mais divergente elemento: os tambores, e falar deles é uma tarefa difícil. Os tambores não são apenas tal como os vemos, têm em si conotações naturais e sobre naturais. Estão ligados aos rituais que se relacionam às danças, à música e à literatura.
 Os escravos nas américas impuseram seus ritmos e instrumentos, só que alguns destes escravos já eram islâmicos. Fato que confunde os estudiosos ao se aprofundarem na cultura musical africana.
 Apesar de tantos serem os ritmos musicais que caracterizam a África Negra e mesmo sendo expressiva sua cultura musical nas mais diversas nações das américas e nas ex-metrópoles, escassa é a bibliografia para abordar este elemento antropológico.
 A civilização negra-africana procede de uma visão unitária do mundo. Nenhum domínio é autônomo. O mesmo espírito anima e liga a filosofia, a religião, a sociedade e a arte negra-africana. As artes na África Negra estão interligadas: o poema à música, a música à dança.
  • Arte
 O Alaká africano, conhecido como pano da costa no Brasil é produzido por tecelãs do terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá em Salvador, no espaço chamado de Casa do Alaká[4]. Mestre Didi, Alapini (sumo sacerdote) do Culto aos Egungun e Assògbá (supremo sacerdote) do culto de Obaluaiyê e Orixás da terra, é também escultor e seu trabalho é voltado inteiramente para a mitologia e arte yorubana.  Na pintura foram muitos os pintores e desenhistas que se dedicaram a mostrar a beleza do Candomblé, Umbanda e Batuque em suas telas. Um exemplo é o escultor e pintor argentino Carybé que dedicou boa parte de sua vida no Brasil esculpindo e pintando os Orixás e festas nos mínimos detalhes, suas esculturas podem ser vistas no Museu Afro-Brasileiro e tem alguns livros publicados do seu trabalho. Na fotografia o francês Pierre Fatumbi Verger, que em 1946 conheceu a Bahia e ficou até o último dia de vida, retratou em preto e branco o povo brasileiro e todas as nuances do Candomblé, não satisfeito só em fotografar passou a fazer parte da religião, tanto no Brasil como na África onde foi iniciado como babalawo, ainda em vida iniciou a Fundação Pierre Verger em Salvador, onde se encontra todo seu acervo fotográfico.
  • Culinária
 A feijoada brasileira, considerada o prato nacional do Brasil, é frequentemente citada como tendo sido criada nas senzalas e ter servido de alimento para os escravos na época colonial. Atualmente, porém, considera-se a feijoada brasileira uma adaptação tropical da feijoada portuguesa que não foi servida normalmente aos escravos. Apesar disso, a cozinha brasileira regional foi muito influenciada pela cozinha africana, mesclada com elementos culinários europeus e indígenas.
  • Música e Dança

 A música foi criada pelos afro-brasileiros é uma mistura de influências de toda a África subsaariana com elementos da música portuguesa e, em menor grau, ameríndia, que produziu uma grande variedade de estilos.
 A música popular brasileira é fortemente influenciada pelos ritmos africanos. As expressões de música afro-brasileira mais conhecidas são o samba, maracatu, ijexá, jongo, carimbó, lambada e o maxixe.
 Como aconteceu em toda parte do continente americano onde houve escravos africanos, a música feita pelos afro-descendentes foi inicialmente desprezada e mantida na marginalidade, até que ganhou notoriedade no início do século XX e se tornou a mais popular nos dias atuais.

A religião africana

A religião na África é multifacetada. A maioria dos africanos são adeptos do cristianismo e islamismo. Muitos também praticam as religiões tradicionais africanas. Estas religiões são freqüentemente adaptadas aos contextos culturais indígenas e sistemas de crença ou fazem sincretismo paralelamente cristianismo e islamismo.
 A religião africana veio para o Brasil quando os primeiros escravos aqui chegaram. Apesar de serem de diferentes regiões da áfrica, muitas vezes de tribos rivais, os escravos negros trouxeram consigo suas culturas, e ao serem misturados nas senzalas, eles reuniam seus conhecimentos e formaram a capoeira e formações religiosas como o Candomblé.

 O candomblé cultua os Orixás, que são diferentes Deuses que regem diferentes coisas, com diferentes personalidades:

Oxalá – Pai de todos os Orixás;
Exu – Senhor dos Caminhos;
Ibeji – Gêmeos que protegem as famílias e as crianças;
Ogum – orixá Guerreiro;
Nanã – Mãe de Obaluaiê e Oxumaré, protetora dos doentes;
Oxossi – Orixá caçador, protetor dos caçadores, da mata e dos animais;
Iemanjá – Considerada por muitos como rainha dos mares e mãe de todos os Orixás ao lado de Oxalá, representa harmonia na família;
Ossaim – Orixá das plantas em geral, principalmente das ervas medicinais;
Obá – Representa o equilíbrio, justiça, uma das esposas de Xangô;
Obaluaiê – (Omolu, em sua forma velha). Conhece a cura de todos os males, por ser o deus das Pestes;
Logun-Edé – Responsável pelos leitos de mares e rios, filho de Oxum com Oxossi;
Oxumaré – Protetor das grávidas, Orixá da fortuna e da sorte;
Iansã – Senhora das tempestades, dos raios e dos ventos, Orixá guerreira;
Ewá – Rainha da magia, representa as chuvas;
Oxum – Rainha do ouro, do amor e de todas as águas doces;
Xangô – Orixá da Justiça.

O Sistema de Cotas

 O sistema de educação brasileira já passou por varias transições; dentre as várias mudanças que ocorreram, uma em especial aconteceu de forma errônea, já que ela veio de cima para baixo, já que ela começou nas Universidades e não no ensino fundamental que é a base para uma boa e melhor educação. Enfim, não é sobre educação de base que quero falar agora e sim sobre as COTAS RACIAIS.
 O sistema de cotas raciais foi empregado para garantir algumas vagas para os negros que residem no nosso país e que almejam conseguir o seu lugar na sociedade através dos estudos e de uma profissão. A intenção de garantir ensino é o mínimo já que o mesmo é assegurado pela nossa Constituição em seu art. 6º:
“Art. 6o São direitos sociais a EDUCAÇÃO, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”
 A superação das desigualdades socioeconômicas impõe-se como uma das metas de qualquer sociedade que deseja a uma maior igualdade social. Algumas alternativas são propostas para diminuição de desigualdades que mantém em condições desiguais cidadãos de classes distintas. Uma das alternativas propostas é o sistema de cotas que visaria a acelerar um processo de inclusão social de grupos, como os negros.
 O conceito de cotização de vagas direciona-se a populações específicas. A justificativa para o sistema de cotas para negros é que, em razão de algum processo histórico depreciativo, teriam maior dificuldade para aproveitarem as oportunidades que surgem no mercado de trabalho, bem como seriam vítimas de discriminações nas suas interações com a sociedade.
 A lei 3.708/01, de ( 9 de novembro, a confirmar) 2001, institui o sistema de cotas para estudantes denominados negros ou pardos, com percentual de 40% das vagas das universidades estaduais do Rio de Janeiro. Esta lei passa a ser aplicada no vestibular de 2002 da UERJ e da UENF.
 Outras universidades, tais como a Universidade de Brasília(UNB) e a Universidade do Estado da Bahia(UNEB) também aderem a tal sistema, tendo como critérios os indicadores sócio-econômicos, ou a cor ou raça do indivíduo.

 
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